Meta cria pulseira que (quase) lê pensamentos: será o fim do touchscreen?

Com IA e sensores musculares, novo wearable da Meta permite controlar dispositivos só com a intenção do movimento

E se você pudesse abrir um app só com um toque imaginado? Ou mover o cursor do laptop sem encostar no trackpad?

Parece ficção, mas é o novo projeto da Meta: uma pulseira que lê sinais elétricos dos seus músculos antes mesmo de você se mexer.

A tecnologia usa EMG (eletromiografia) para captar os impulsos que o cérebro manda aos músculos. Basta intencionar o movimento e o sistema interpreta e executa.

Thomas Reardon, VP da Meta, conta em entrevista que tem um detalhe técnico para ainda não considerar exatamente uma “leitura de mente”.

“É como se o dispostivo estivesse lendo sua mente, mas não está. É uma tradução da intenção, ele vê o que você está prestes a fazer”

Não é bem ler a mente, mas é praticamente como se fosse.

Da ficção ao wearable

O projeto vem do Reality Labs, braço de inovação da Meta, e foi treinado com dados de 10 mil usuários. O diferencial? O uso de IA para identificar padrões de intenção, tornando o dispositivo funcional mesmo para novos usuários.

Com isso, a Meta entra com força na corrida por interfaces invisíveis: tecnologias que eliminam o toque físico e prometem interações mais naturais com nossos gadgets.

Mais acessível que chips no cérebro

Enquanto startups como Neuralink querem implantar chips no crânio, a Meta aposta em algo bem mais simples: uma pulseira externa e nada invasiva. Ideal também para pessoas com limitações motoras — um dos testes está sendo feito com pacientes com lesão medular.

Nos bastidores desde 2019, o projeto agora começa a ganhar cara de produto. A ideia? Integrar a pulseira a smart glasses e outros dispositivos nos próximos anos.

Estamos pronto para intencionar comandos em vez de clicar?

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